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Consórcio nortenho cria tapete inteligente que alerta para presença de estranhos em casa

A tapeçaria está ligada a uma aplicação que o avisa sempre que é pisado à revelia do proprietário. O projeto chama-se HelpInTex e está a cargo dos centros de investigação tecnológica CeNTI e CITEVE e da empresa têxtil vimaranense António Salgado.
2 Maio 2022, 16h41

“HelpInTex”. É este o nome do tapete 100% português que está repleto de tecnologia para, além de limpar os sapatos, dar segurança a quem o coloca à porta de casa. Um consórcio liderado pela empresa têxtil António Salgado, de Guimarães, está a finalizar a criação de um tapete antiderrapante que envia alertas no telemóvel para o movimento e a presença de estranhos.

O projeto, que se encontra em fase de prototipagem, está a ser desenvolvido no CeNTI (Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes) e no CITEVE, em Vila Nova de Famalicão, e pretende revolucionar o sector do têxtil para o ar, através de uma linha de tapetes inteligentes e multifuncionais que estão conectados a uma aplicação móvel (em desenvolvimento pelo trio de parceiros). A app permite ao dono do tapete receber notificações “sempre que alguém o pisa durante a sua ausência”.

“A presença será detetada pelos fios condutores integrados no tapete. A funcionalidade de deteção de presença e/ou movimento será obtida pela integração de fios condutores na estrutura têxtil do tapete e a funcionalidade antiderrapante será obtida através do desenvolvimento de fibras com propriedades antiderrapantes”, explicam os investigadores, em comunicado divulgado esta segunda-feira.

Entre os centros de investigação tecnológica, o CeNTI está responsável pela área das fibras funcionais antiderrapantes, pelo desenvolvimento do sistema de sensorização integrado no têxtil e pela criação da app, enquanto o CITEVE se encarrega dos materiais, matérias-primas têxteis, estruturas têxteis, ultimação têxtil, testes/ensaios e conceção e desenvolvimento do produto. Quer o CeNTI quer o CITEVE e a António Salgado consideram que as “funcionalidades integradas no processo de produção do tecido apresenta um carácter bastante inovador”.

“O projeto surgiu de uma necessidade sentida pela empresa António Salgado, a de inovar nas soluções que tem atualmente no mercado. Neste momento, não há data prevista para a sua comercialização, uma vez que o projeto financiado ainda se encontra a decorrer. Contudo, numa fase inicial, o interesse é maioritariamente nacional. A António Salgado já possui canais de comercialização em Itália, Alemanha e Finlândia. São, por isso, países com elevado interesse nesta solução”, conta fonte oficial do consórcio.

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